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Dispositivos de Assistência Circulatória no SUS

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Dispositivos de Assistência Circulatória no SUS

Os Dispositivos de Assistência Circulatória (DACs) são dispositivos complexos que servem como “motores” que ajudam a circulação sanguínea. Modernos e recentemente disponibilizados no mercado, o projeto avalia a efetividade versus custos para implementação no SUS.
Dispositivos de Assistência Circulatória no SUS

Descrição

A insuficiência cardíaca (IC) é uma situação em que o coração é incapaz de manter a circulação sanguínea adequada, sendo manejada usualmente com tratamento farmacológico e não-farmacológico (perda de peso, redução de sódio na dieta, entre outros).  Em situações mais extremas, o tratamento usual é insuficiente, tornando necessário o uso de dispositivos de assistência circulatória (DACs) e, em uma instância superior, o transplante cardíaco.


Os DACs são dispositivos intracardíacos ou de uso externo que auxiliam o coração a manter o débito cardíaco. Em outras palavras, são literalmente “motores” que ajudam a circulação sanguínea. São dispositivos modernos recentemente disponibilizados no mercado.


Estima-se que entre dois e quatro milhões de brasileiros sejam acometidos pela IC, que é a principal causa de hospitalização na população idosa. No Brasil, os DACs de curta duração (implantados por dias ou semanas), recentemente ganharam espaço na terapia da IC avançada em centros de excelência. Entretanto, tais dispositivos ainda não são disponibilizados pelo Sistema Único de Saúde e é evidente que a discussão sobre a incorporação dessa tecnologia no SUS será realizada nos próximos anos. Sendo assim, serão necessários dados robustos para embasar a tomada de decisão sobre o tema.


O projeto tem como objetivo avaliar o uso de DACs no SUS, estudando a efetividade da utilização destes dispositivos em pacientes críticos e os custos associados à sua implementação. Contribuindo, assim, com dados que possam dar subsídio à tomada de decisão a respeito da incorporação desta tecnologia no SUS.


O estudo DACs é realizado em cinco hospitais de alta complexidade da região Sul do Brasil (quatro no Rio Grande do Sul e um no Paraná), onde avalia a efetividade da implantação de dispositivos dos tipos ECMO e IMPELLA em pacientes críticos, especialmente nos potenciais candidatos ao transplante de coração. Uma equipe de pesquisadores é responsável pela coleta contínua de dados clínicos e custos.  Os profissionais dos centros participantes e de outras instituições indicadas pelo Ministério da Saúde também recebem capacitação altamente especializada em ambiente de simulação para o uso dos DACs.


Atualmente, o projeto conta com a participação de cinco hospitais da região Sul do Brasil: três em Porto Alegre, um em Pelotas e um em Curitiba. De abril de 2017 até dezembro de 2018, foram acompanhados 39 casos de implante de DACs (25 ECMOs e 14 IMPELLAs). Neste período, 134 profissionais foram capacitados presencialmente em cursos para uso de DACs.